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Em Cartaz: “O Último Ato”

nspirado nos formatos de uma peça artística de tragédia grega e de uma ópera musical clássica, o projeto “O Último Ato” consiste em um site documental que traz à tona um tema de crescente incidência e preocupação no Brasil:  massacres e atentados em escolas públicas.

O site é dividido em 5 atos, em que é apresentada a trajetória de um indivíduo que comete este tipo de crime hediondo. Como fundamento para o desenvolvimento narrativo, foram escolhidos atentados, com grande repercussão nacional, que ocorreram em escolas públicas nos municípios de Realengo (2011), com 12 crianças assassinadas, e o mais recente, Suzano (2019), onde 5 alunos e duas funcionárias perderam as vidas. O trabalho reúne uma pesquisa aprofundada apoiada por depoimentos de especialistas em psicologia, ciência forense, educação, sociologia, filosofia, direito, segurança pública, além de sobreviventes e pais de vítimas que perderam as vidas em chacinas no ambiente escolar. Para buscar entender possíveis causas para este fenômeno, cada ato terá caráter expositivo, com conteúdo em diferentes formatos, visando conscientizar e gerar reflexão sobre este tema.  Conheça a divisão e as temáticas de cada seção.

Prelúdio: O desabrochar

Os traumas psicológicos sofridos na infância podem acarretar sérios problemas na vida adulta. Um estudo realizado pela psicóloga Vanessa Fioresi, em mestrado defendido na USP, demonstra que traumas emocionais sofridos nos primeiros anos de vida, como o bullying, agressões físicas e abuso sexual podem desenvolver transtornos de ansiedade generalizada ou estresse pós-traumático na fase adulta. Portanto, esta seção tem como objetivo compreender se traumas psicológicos desenvolvidos na idade escolar podem refletir na construção de um perfil comportamental de violência. O prelúdio, em uma peça musical, é a primeira parte da obra, tem objetivo de preparar o ouvinte para as composições que se seguem. Seriam os traumas sofridos na infância o prelúdio para consequências fatais que podem ocorrer no futuro?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ATO I – Eu sou

Uma discussão que permeia a sociedade é a influência ou não da mídia sobre as crianças e adolescentes. Filmes, notícias, jogos e outros produtos com caráter violento podem influenciar pessoas a cometerem crimes hediondos? O segundo capítulo põe em voga esta discussão. Para Bredel (2009), os estudos modernos, em especial realizados no campo da sociologia da infância, refletem sobre o fato de que as crianças exercem participação na sociedade de maneira ativa e não meramente passiva. Logo, a mídia influencia a criança a se tornar violenta ou a criança busca referências violentas na mídia em um processo de autoafirmação?

 

 

 

ATO II – A ferramenta

A violência pode se manifestar de diferentes formas. De acordo com Bruna Gisi, Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo (2016), a violência está intimamente ligada às relações de autoridade e poder onde alguns indivíduos são detentores de mais recursos para oprimir a outros. O mesmo ocorre no ambiente escolar e na adolescência. A internet, que para muitos parece “terra sem lei”, torna-se palco de exposição do ódio. Nos últimos massacres de grande escala ocorridos no país (Realengo e Suzano) os autores dos crimes publicaram na internet conteúdos de ódio e com caráter violento, além de exporem a si próprios manejando armas de fogo. Abre-se também a discussão deste acesso às armas de fogo no país. Até que ponto políticas de incentivo ao armamento civil podem facilitar casos como estes?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ÚLTIMO ATO – Fim de jogo

O ápice de toda a construção do projeto ocorre aqui. No quarto capítulo, questiona-se a segurança frágil das escolas públicas brasileiras. Após a entrada do autor do massacre no ambiente escolar, a vida de alunos e professores nunca mais será a mesma. Quais são as medidas de segurança tomadas para evitar episódios como este? Quais são as consequências de um massacre em escola pública?

 

 

POSLÚDIO – O recomeço

Após o massacre, restam as marcas irreparáveis da tragédia. Como sobreviventes e familiares de vítimas lidam com a perda de entes queridos de maneira repentina? Será possível aprender alguma lição em meio à tanta dor? O projeto é finalizado com um memorial às vítimas dos massacres estudados. O título “O recomeço” faz referência à ideia de ter que aprender a viver com as consequências da chacina. Será possível recomeçar?

 

 

 

Tudo isso parece uma peça de teatro trágica, não é mesmo? Mas não é, trata-se da realidade vivenciada por muitas famílias, destruídas por conta de atos hediondos cometidos em um ambiente que deveria ser seguro e proporcionar aprendizado. Até quando nossas crianças estarão expostas ao perigo de nunca mais voltarem de um dia normal de aula?

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Making Of

MAKING OF

Foram mais de 2100 km rodados, entre os meses de abril e maio de 2019, para a realização do Web Documentário “O Último Ato”. Nossa equipe de produção esteve em Realengo (RJ), Suzano (SP), Mairiporã (SP), Universidade de São Paulo (USP-SP), Artur Nogueira (SP) e Engenheiro Coelho (SP) para entrevistar especialistas e sobreviventes dos maiores massacres ocorridos em escolas públicas no Brasil.

Agradecemos imensamente a todos que disponibilizaram um pouco do seu tempo para a construção deste projeto.

Faça Download do nosso Projeto Teórico:

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